UNIDADE ESCOLAR ESTEVAM CARVALHO: 80 ANOS EDUCANDO A INFÂNCIA VIANENSE

Em 20 de fevereiro de 2014, a mais antiga instituição de ensino da cidade, ainda em funcionamento, completou seu 80° aniversário de fundação. Contando desde o início de suas atividades com um corpo docente composto por notáveis expoentes do magistério local (tanto professoras leigas como normalistas), a escola tem prestado relevantes serviços em prol da infância vianense nas últimas oito décadas.

Criada oficialmente com o nome de “Grupo Escolar Estevam Carvalho”, a nova casa de ensino nascia com o objetivo de substituir a antiga Escola Mista Estadual de Viana. A cerimônia solene de fundação, com direito a discursos das autoridades locais, foi realizada na manhã do dia 20/02/1934 e contou com as presenças do juiz de Direito da Comarca de Viana, Artur Almada Lima; do promotor de Justiça, Américo Farias de Carvalho; do Coletor estadual, Raimundo Marcelino Campelo; do Delegado Escolar, Joaquim Mendes da Rocha, e naturalmente das professoras normalistas Faraíldes Campelo Silva, Edith Nair Furtado da Silva, Zeíla Cunha Lauleta, Benedita das Mercês Balby e Maria Raimunda Campelo Santos.

Nos primeiro anos, a escola funcionou no mesmo endereço da antiga Escola Mista Estadual, um prédio de fachada comprida situado na Rua Grande, após o Canto do Galo, mais ou menos onde hoje funciona a Câmara Municipal. Tempos depois, transferiu-se para o prédio do atual Centro de Ensino Dr. José Pereira Gomes, permanecendo ali por mais de duas décadas. Somente no início dos anos 50 do século passado, o Grupo Escolar Estevam Carvalho ganharia sua sede própria, na antiga Rua São Sebastião (atual Dom Hamleto de Angellis), onde funciona até os nossos dias. A construção do prédio foi realizada durante a gestão do prefeito Eziquiel de Oliveira Gomes.

Histórico brilhante – Além das professoras presentes no ato de fundação, outras tantas e não menos gabaritadas também deram sua parcela de contribuição para a qualidade do ensino ali ministrado. A lista não é pequena, mas alguns nomes tornaram-se marcantes, como Zilda Dias Guimarães, Iraci Cordeiro, Daise Cunha Rodrigues, Raquima Gomes, Socorro Serejo, Rosa Maria Pinheiro Gomes e a atual diretora, Vitória Santos.

Entre as centenas de alunos que passaram pelo Estevam Carvalho, muitos alcançaram destaque nas profissões abraçadas como o General do Exército, Oswaldo Pereira Gomes, e a professora de Canto, Olga Mohana (ambos já falecidos). Igualmente, entre os atuais membros da AVL, vários deles ali concluíram o curso primário, a exemplo da professora Conceição Raposo (doutora em Educação e ex-Secretária de Estado da Educação), o desembargador e escritor Lourival Serejo, os procuradores de Justiça aposentados José Pereira Gomes e Carlos Nina Everton Cutrim, e ainda a ex-Procuradora Geral de Justiça do Maranhão, Fátima Travassos. De todos esses alunos brilhantes, sem dúvida, a estrela maior foi o médico, escritor e sacerdote, João Mohana.

Novos horizontes – Uma nova etapa se configura no horizonte da Unidade de Ensino Estevam Carvalho que, durante essas últimas oito décadas, esteve sob gerência do Estado. A partir deste ano letivo de 2014, em obediência à Lei N° 9.394 de 20/12/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB), a escola passa para a responsabilidade do Município.

Contando com uma equipe formada, atualmente, pelas professoras Josete Correa, Maria da Conceição Lobo, Nilma Farias, Vânia Nascimento, Eleanor Costa, Keiliane Lopes, Socorro Santos e Jucinalva Meireles, a professora Vitória Santos dirigiu a instituição nos últimos 24 anos, tornando-se desse modo a mais longeva diretora a permanecer no cargo. Até o mês de junho, esta mesma equipe, agora sob a direção provisória da professora Jucinalva Meireles, acompanhará o processo de transição da administração da escola à Secretaria Municipal de Educação.

A AVL augura, assim, que pelos próximos 80 anos, o Município possa dar continuidade à qualidade do Ensino Fundamental que o Estevam Carvalho sempre proporcionou à infância vianense.

Por Luiz Alexandre Raposo (matéria publicada no Renascer Vianense, edição n°42).