Maria Susana Silva Pinheiro

Susana Pinheiro, cujo nome registrado pelo pai, fora Maria Susana Silva Pinheiro, nascera na cidade de São Luís capital do Maranhão. É Filha do vianense, empresário, comerciante e ex-prefeito de Viana, José Mendes Pinheiro (in memoriam) e da técnica em enfermagem, auxiliar administrativa, costureira e escritora de poesias, a vianense Zeila Gomes da Silva (in memoriam). Cuja poesia ainda em vida, publicou numa coletânea poética no final dos anos 80.

Susana têm como avós paternos, Delfim Neves Pinheiro e Cândida Gomes Mendes (in memoriam), e avós maternos, José Serra da Silva e Suzana Gomes da Silva (in memoriam). Tem dois irmãos maternos, Antônio Carlos Gomes (engenheiro) e José Armando Silva Pinheiro (gerente administrativo) e mais os irmãos paternos (Zé Carlos, José Maria, Maria José, Maria Laura, Maria Cândida, José Delfim, José Antonio, Pinheirinho, Miguel, José Francisco, Maria da Conceição, Maria de Lourdes, Davi).

Passava as férias na casa de seus avós maternos, indo para lá muitas vezes na tradicional travessia feita por lancha, onde a viagem costumava durar a noite inteira, chegando ao seu destino ao amanhecer, dali se iniciando o trajeto feito a cavalo que durava em torno de duas horas até chegar na fazenda onde seu avô José Serra era vaqueiro no Guaratuba. A outra parte das férias, acontecia na casa de seus tios Ivaldo e Moça, na cidade de Viana, perto da praça da Matriz. Costumava brincar com seus primos ouvindo músicas numa vitrolinha a pilha azul e correndo nos campos, onde sentia verdadeira liberdade de existir, pois na capital sua rotina era casa e escola.

Dentre os conhecimentos que povoaram os pensamentos de Susana, todos envolviam o universo das artes. Inicialmente quando criança, lá pelos cinco anos, desenhando por toda uma rede branca, bonecos palito de mãos dadas, feitos com uma caneta azul que havia encontrado pelo chão. Depois na alfabetização, com recorte e colagem e desenhando bonecas de vestir para suas amigas, nos anos que seguiram, observava os personagens dos desenhos animados que apareciam em programas de TV, como os de Daniel Azulay com seus personagens autorais e Maurício de Souza. Copiava a todos com dedicação, o que permitia chegar muito perto dos originais. Passou pelos desenhos da Disney e Hanna Barbera, copiando branca de neve, a bruxa má, Tom e Jerry e seu herói Superman. Esse começo foi importante para seu desenvolvimento como observadora das formas da natureza.

Iniciou seus estudos na capital, São Luís, na escola Pequeno Príncipe, e fazia aulas de canto e piano na Escola de Música do Maranhão. Continuou seus estudos do ensino fundamental no colégio Meng e na escola Lêda Tajra, em Bacabal, finalizando o ensino Médio na escola Freitas Figueiredo e cursinho pré-vestibular no colégio Meng. Foi uma aluna que prestava atenção nas aulas, no ensinamento de seus mestres, mas não era a primeira da sala, nunca fôra. No entanto, seus professores nutriam carinho por essa aluna que gostava de história, ciências, geografia, redação, português e arte, as matérias que costumava tirar as melhores notas. Não vamos falar de matemática, havia aí sempre uma questão.

Graduou-se em Educação Artística pela Universidade Federal do Maranhão, e já nos primeiros anos acadêmicos iniciara estágios no Palácio dos Leões e na Galeria de Arte Lagy Lajos, também iniciara sua carreira no magistério, lecionando para crianças, adolescentes e adultos do EJA. Trabalhou em escolas como Dom Bosco, São Marcos, Colméia, Bom Pastor, Crescimento e Pire Collins, esta última, no município de Paço do Lumiar. Ensinou História da arte, Artes visuais e teatro. Criou projetos como “Eu arte, teoria e prática em ação” para alunos do ensino médio, Oficina Teatro para alunos do ensino fundamental e Oficinas de musicalização para crianças.

Estudou Xilogravura com o artista Airton Marinho, vindo a expor suas xilogravuras no Odylo Costa Filho. Participou de exposições coletivas sob a orientação do artista e professor Donato e estudou escultura com o artista Paulo César, durante a graduação na UFMA. Atuou na peça “Memórias de um Suicida” apresentada no teatro Arthur Azevedo ao lado de seus primos Rânide, no papel principal, Josefran e Edfran, dirigidos pelo bailarino e ator Reynaldo Faray. Performou poesias quando integrante do grupo de teatro Poiésis, dirigido pela Dra. Cassia Pires. Esteve na Coletiva de Maio no Convento das Mercês, evento anual de arte, e participou de vernissages temáticas no SESC/MA.

Teve grande influência em seus trabalhos conceituais, na pintura e escultura, de nomes da História da Arte, como Maria Sibylla Meriam, uma das primeiras mulheres a se aventurar em expedições exploratórias pelo Brasil, realizando pinturas. Parreiras, Rambrandt, Monet, van Gohg, Turner, Frida, Camile Claudel e Cèzanne. Também contou com a contribuição dos pensamentos de Fayga Ostrawer, Ana Mae, Anne Cauquelin, Hegel, Foucault, Gardner, Câmara Cascudo, dentre outros grandes pensadores no campo dos saberes.

Mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro em busca de aprimoramento acadêmico no ano de 2008, o que a fez pedir demissão das duas escolas particulares em que lecionava, e licença na rede pública para poder somar mais conhecimento em sua área. Submeteu-se ao seletivo na PUC-RIO, sendo admitida para a Especialização em História da Arte e Arquitetura no Brasil. Ainda na PUC, participou da exposição “Minha alma pinta” com a obra Ipê Amarelo. Em 2010 veio a maternidade e Davi, hoje, está com onze anos.

Em 2015 realizou a exposição individual Tecer de Varandas. Seguida por Matiz Vianense na livraria AMEI, levando parte da mostra para Viana, onde participou como convidada em noite de outorga de honra ao mérito. Na obra Introspecção da escritora Fátima Travassos, Susana participou também com um texto sobre a História da aquarela pelo mundo e sua presença no Brasil através das Missões Francesas.

Durante a pandemia de 2020, criou o projeto “A Aquarela dos Poemas” que foi aprovado pela secretaria de cultura do Rio de Janeiro, SECECRJ, inscrito no edital Cultura presente, através da lei Aldir Blanc. O projeto visava incentivar a produção artística e literária através do processo criativo do artista durante a elaboração de ilustração para poesias. Fruto de seu recorte pessoal de trabalho.

Escreve crônicas acerca das experiências artísticas no portal virtual FACETUBES, da APB, Academia Poética Brasileira de Curitiba, presidida pelo escritor e jornalista Mhário Lincol, da qual, é membro efetiva. Uma de suas crônicas foi recentemente elogiada por João Portinari, filho do grande artista brasileiro conhecido internacionalmente, Cândido Portinari, pela relevância do conjunto de suas criações, cuja obra “Guerra e Paz”, esteve presente por anos, na ONU, Organização das Nações Unidas.

Atualmente a artista Susana está em fase de produção de um conto infanto-juvenil, trabalho autoral de cunho regionalista, a ser lançado em São Luís ainda em janeiro. E de um projeto em parceria com outros artistas a ser divulgado em breve.